Lideranças das facções brasileiras e criminosos de alta periculosidade foram transferidos na última semana entre as unidades do Sistema Penitenciário Federal - são cinco presídios de segurança máxima no país com regras rígidas de isolamento.
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Um grupo de 11 presos foram transferidos na última semana por policiais penais federais (PPFs), na Operação Protá. Cerca de 100 agentes atuaram na ação, que envolveu três das cinco unidades federais.
Os presos transferidos na quinta-feira (11) são membros do Comando Vermelho, do Rio de Janeiro, e aliados de outras facções. No comboio aéreo, estão alguns criminosos conhecidos, como Fernandinho Beira-Mar, como é conhecido Luis Fernando da Costa, e Marcinho VP, apelido de Márcio dos Santos Nepomuceno.
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O nome da Operação Próta faz referência ao primeiro preso do Sistema Penitenciário Federal, Fernandinho Beira-Mar. Em grego o termo significa "primeiro".
Nesta terça-feira (16), 3 PMs pesos foram transferidos para o presídio federal de Campo Grande (MS), acusados de integrar milícia na Bahia. O grupo preso na Operação El Patrón, em 7 de dezembro, seria ligado a um deputado estadual local.
"O rodízio de custodiados do SPF é uma medida adotada pela Polícia Penal Federal dentro da rotina de segurança das unidades prisionais, sendo uma estratégia de inteligência penitenciária que visa desarticular as organizações criminosas por meio de rodízio periódico de presos entre as penitenciárias federais", informou a Secretaria Nacional de Políticas Penais, em nota.
Foi a primeira operação de transferência estratégica de 2024 nos presídios federais. São cinco presídios federais: Brasília (DF), Mossoró (RN), Campo Grande (MS), Catanduvas (PR) e Porto Velho (RO).
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Segundo a Senappen, o sistema penitenciário federal "é uma ferramenta eficaz no combate ao crime organizado e há 17 anos custodia as principais lideranças criminosas do país sem registro de fuga, rebelião ou entrada de materiais ilícitos".