Hoje 33% das mulheres investem em algum produto financeiro. Houve um aumento de 5% no período de um ano. 44% das investidoras completaram o ensino médio e 35%, o ensino superior. Metade delas pertence à classe C. Esse é o resultado de um raio-x feito pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).
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A pesquisa mostra ainda que as mulheres estão investindo, principalmente, para conquistar segurança financeira. É a possibilidade de conseguirem fazer uma reserva pensando nelas mesmas e no futuro dos filhos. Uma tendência que pode mudar a vida de toda mulher, é o que explica a professora de economia da Fundação Getulio Vargas (FGV) Celina Ramalho: "É um investimento de estrutura na sua família nas várias formas, pode ser por aplicação, pode ser por educação, pode ser por saúde e até mesmo por lazer".
O programa Educa+Mulher, do Tesouro Nacional, incentiva a mulher poupar dinheiro e a colocar em prática a educação financeira. O valor mínimo a ser investido é de R$ 35 por mês. Automaticamente, ela ganha um seguro que busca proteger os beneficiários.
Essa é a vida da Julia Abi-Sâmara, que se tornou fundadora de "As Investidoras" e só domina o universo das finanças porque foi desafiada por colegas, homens, ainda na faculdade. "Foi a primeira vez que eu tentei me introduzir numa conversa dessa, foi uma experiência super desconfortável porque eles começaram a tirar sarro da situação e isso virou uma chavinha na minha cabeça porque eu percebi que era um assunto extremamente importante".
Há cinco anos, o hobby virou profissão. Formada em administração de empresas, Julia decidiu abrir uma e hoje dá cursos sobre educação financeira somente para mulheres.