Cerca de 68 milhões de brasileiros pretendem cair na folia neste carnaval, mas é preciso atenção: espaços lotados e a distração de foliões são um convite à ação de ladrões.
Só no fim de semana de pré-carnaval, 23 criminosos que estavam infiltrados nos bloquinhos de carnaval na capital paulista foram presos em flagrante. Um menor foi apreendido. 83 celulares e mais de 140 cartões de crédito foram recuperados durante a operação.
"Eles se aproveitam do momento de distração, de descontração de pessoas que estão nesses locais, e acabam realizando o furto", afirma o delegado Wagner Carrasco.
Só no ano passado, o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) recuperou quase 2.839 mil celulares em São Paulo.
Os ladrões fazem parte de um esquema que envolve outros criminosos, segundo a polícia. Eles repassam o celular por até R$ 500 para os receptadores -- que vão revender esse aparelho por um valor mais alto do que pagaram, só que ainda bem abaixo que o do mercado.
Muitos aparelhos são encaminhados para países da África, como Senegal e Guiné. "Ele vai pro exterior e em alguns países ele não é bloqueado, então há a possibilidade dele ser usado no exterior como se nada tivesse acontecido", diz o delegado.
Uma pesquisa do Instituto Locomotiva aponta que este ano vai ter mais brasileiros pulando carnaval. 44% deles pretendem cair na folia. São 67,9 milhões de pessoas.
"Todos esses locais, bolso de trás, bolso com celular aparente, bolsa com facilidade de ser aberta, são locais de fácil acesso para o furtador, ele usa da habilidade que tem para retirar o produto", alerta o delegado.