Em entrevista a jornalistas durante sua passagem pela Etiópia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou neste domingo (18) que “o que está acontecendo na Faixa de Gaza não é uma guerra, mas um genocídio”. E comparou os ataques israelenses na Faixa de Gaza às ações de Adolf Hitler contra judeus no Holocausto.
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“O que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino não existiu em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu. Quando Hitler resolveu matar os judeus”, disse o presidente. Lula se encontrou neste sábado (17) com o primeiro-ministro da Autoridade Palestina, Mohammad Shtayyeh.
O presidente brasileiro afirmou que seguirá enviando recursos à Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Médio (UNRWA), contrariando potências globais.
Israel alega que alguns funcionários da agência teriam participado de ataques terroristas do Hamas. A Organização das Nações Unidas (ONU) afastou alguns funcionários e determinou uma investigação, mas as alegações levaram países a suspender as contribuições para a UNRWA.
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"Quando vejo o mundo rico anunciar que está parando de dar a contribuição para a questão humanitária aos palestinos, fico imaginando qual é o tamanho da consciência política dessa gente. Qual é o tamanho do coração solidário dessa gente que não está vendo que na Faixa de Gaza não está acontecendo uma guerra, mas um genocídio?”, criticou Lula.
Para o presidente da República, é necessário investigar as acusações, mas não suspender o auxílio ao que definiu como “uma guerra entre um Exército altamente preparado e mulheres e crianças”.
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Sobre a morte do principal opositor de Vladimir Putin, Alexei Navalny, o chefe do Executivo disse ser uma “questão de bom senso”. “Se a morte está sob suspeita, temos que primeiro fazer uma investigação para saber do que o cidadão morreu”.
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“Se não, você julga agora que foi não sei quem que mandou matar e não foi. Depois você vai pedir desculpas? Para que essa pressa de acusar alguém?”, disse. "Tem que fazer a perícia para depois dizer o seguinte: olhe, esse cara teve tal coisa e morreu."
Navalny morreu na sexta (16) após caminhada na colônia penal “Polar Wolf”, na Sibéria. O mais ferrenho opositor de Putin cumpria pena por fraude, desacato ao tribunal e extremismo.
Em 2018, o ex-advogado foi impedido de concorrer à presidência. Fez denúncias de corrupção contra a elite russa e acusou o ex-membro da KGB (força de inteligência da União Soviética) e seus aliados de serem autocratas.