O surto de dengue no Brasil está fazendo o país se aproximar da marca de 500 mortes pela doença em 2024. Segundo dados do Ministério da Saúde, até a noite dessa quinta-feira (14), foram contabilizados 491 óbitos, enquanto outros 889 estão sob investigação. Em relação aos casos prováveis de dengue, o número já chega a 1.657.814.
+ Dengue: infectologista tira dúvidas sobre vacina, repelentes e sintomas
Atualmente, o coeficiente de incidência da doença é de 816,4 casos por 100 mil habitantes. O estado de Minas Gerais continua liderando o número de casos prováveis, com cerca de 563.860 mil registros. Em seguida, aparecem São Paulo (304.708), Paraná (156.315), Distrito Federal (141.055), Rio de Janeiro (127.162) e Goiás (92.660).
São Paulo foi o estado mais recente a decretar situação de emergência em saúde pública para a dengue. A medida foi anunciada após recomendação de equipes de saúde, que registraram mais de 30 mortes pela doença no estado. Acre, Minas Gerais, Goiás, Espírito Santo, Santa Catarina e Rio de Janeiro também já decretaram emergência.
Para ampliar e agilizar a organização de estratégias de vigilância, foram instalados Centros de Operações de Emergência (COE) de combate ao mosquito Aedes aegypti na maioria dos estados, permitindo uma análise ágil dos dados sobre a doença. Tendas de atendimento e visitas técnicas também foram promovidas pelo governo federal.
Mais de 500 municípios já iniciaram a vacinação contra a dengue, destinando as primeiras aplicações a crianças de 10 e 11 anos. O Ministério da Saúde emitiu uma nota recomendando que a campanha de imunização seja ampliada para crianças de até 14 anos ainda em março, com o objetivo de aumentar a cobertura vacinal nas cidades.
+ DF: crianças e adolescentes ficarão em observação após tomarem vacina contra a dengue
Nesta semana, a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Ethel Maciel, afirmou que o país está passando por uma desaceleração em relação ao número de possíveis casos de dengue. "Na mesma velocidade que subimos, vamos descer. Não vai ser uma curva arrastada", disse.
Embora exista o imunizante, o Ministério da Saúde reforça que o controle do vetor Aedes aegypti é o principal método para a prevenção e controle da dengue e outras arboviroses urbanas (como chikungunya e Zika), seja pelo manejo integrado de vetores ou pela prevenção pessoal dentro dos domicílios. Veja como se proteger:
A resposta é sim. De acordo com o Ministério da Saúde, o uso é recomendado, sobretudo, em áreas de reconhecida transmissão da dengue. O produto deve ser aplicado nas áreas expostas do corpo, como braços, pernas e pés. Repelentes para uso no ambiente, como pastilhas e aparelhos elétricos, também são recomendados, já que afastam o mosquito.