As tentativas de ataques cibernéticos contra empresas quase dobraram, em todo o mundo, nos últimos cinco anos. Segundo levantamento feito pela principal corporação de segurança digital do planeta, só em 2023, foram bloqueados mais de 160 bilhões de ataques.
Conforme o relatório, dentro os crimes cibernéticos, a tática que mais cresceu foi o "fishing" - ou "pescando", em inglês - que é o envio de arquivos contaminados para "fisgar" usuários (35%). O estudo aponta ainda que, a cada ano, os criminosos estão mais "especializados", conforme explica o especialista Rony Vainzof.
"[Eles] vão atrás de onde pode causar mais dano e, normalmente, esses crimes envolvem extorsão, ou seja, eu estou te atacando, eu 'indisponibilizei' e criptografei os arquivos da sua empresa e, se você não me pagar esse resgate, você não vai conseguir continuar os serviços da sua empresa", exemplifica Vainzof, que é diretor do Departamento de Defesa e Segurança da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
Preocupados com essa explosão de ataques, mil empresas participam de um evento da Fiesp sobre cibersegurança no Senai, na região do ABC Paulista. Integrantes do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) também estavam presentes.
No encontro, os especialistas destacaram que o caminho para garantir uma boa proteção, tanto no setor público, quanto no setor público, quanto privado, depende, principalmente, da conscientização dos funcionários. "Times mais técnicos, mas também para o pessoal da área de negócios e para os outros funcionários da empresa. Acho que, hoje em dia, todo mundo na companhia tem que estar preparado", concluiu o especialista Glauco Sampaio.