Autoridades sanitárias alertam que a dengue está se espalhando rapidamente pelo país, favorecida pela onda de calor e pelas chuvas intensas. Só na cidade de São Paulo, os registros da doença cresceram 130% este ano em relação a 2022.
De acordo com o Ministério da Saúde, até outubro foram 1,6 milhão de casos no país. a maior parte, nas regiões sudeste, sul e centro-oeste.
A infectologista Raquel Muarrk explica os principais sintomas: "uma febre alta, que pode durar de três a sete dias. Pode dar essa prostração, ele pode dar essa dor, uma dor de cabeça, aquela retro-ocular atrás dos olhos e uma dor, principalmente, em panturrilha".
Pesquisadores admitem que o mosquito transmissor está mais adaptado e resistente, e a razão é o clima. Calor e chuva favorecem a multiplicação do aedes aegypti. A ONU alerta que o número de mortes relacionadas ao calor pode aumentar cinco vezes no mundo até 2050.
Mesmo casos aparentemente leves podem evoluir para a forma hemorrágica: "você pode ter sangramento cardíaco, ter um sangramento às vezes intestinal, ter um sangramento menstrual maior, ter um sangramento ocular, ter um sangramento muito importante oral, esofágico, e não só o sangramento, é o choque, é a pressão baixa. Pode levar à morte", afirma a infectologista.
No Brasil há duas vacinas contra a dengue, nenhuma delas no calendário oficial do Ministério da Saúde.