O país entrou em ebulição após o desaparecimento de Adolfo Macías, conhecido como Fito, líder da facção mais temida, os Los Chorenos
Sumiço de líder criminoso, sequestros, atentados com explosivos e invasão de programa de TV. A violência no Equador escalou nos últimos dias, o que levou o presidente do país, Daniel Noboa, a decretar, nesta terça-feira (9.jan), a existência de um conflito armado interno.
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O país entrou em ebulição após o desaparecimento de Adolfo Macías, conhecido como Fito, líder da facção mais temida do país, os Los Chorenos. O criminoso cumpria pena de 34 anos e sumiu quando deveria ser transferido para uma instalação de segurança máxima, no último domingo (7.jan). Horas depois, começaram a ser registrados episódios de violência em penitenciárias, com guardas feitos reféns.
Em seguida, foram noticiados atentados com explosivos em diversos locais e sequestros de policiais. O último episódio foi a invasão do canal TC de Guayaquil, durante uma transmissão ao vivo. Jornalistas foram rendidos e ameaçados por criminosos.
Noboa emitiu decreto designando vinte facções do tráfico de drogas que operam no país como grupos terroristas e autorizando as Forças Armadas do Equador a "neutralizar" integrantes das facções, dentro dos limites do direito internacional humanitário.
Nesta terça-feira (9.jan), foi relatada a fuga de outro líder, desta vez Fabricio Colón Pico, dos Los Lobos. Ele havia sido preso na última sexta-feira, por sequestro e envolvimento em um plano para matar a procuradora-geral do país.
Com 35 anos, o atual presidente do Equador foi empossado em novembro de 2023. A principal promessa de campanha -- marcada pelo assassinato de outro candidato, Fernando Villavicencio, que, antes de morrer, disse ter sido ameaçado pelo frupo de Fito -- foi restabelecer a segurança no país. "Não negociaremos com terroristas", foi uma das principais frases de Noboa durante a disputa.