O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, voltou a dizer ser contra um cessar-fogo, e rejeitou a criação de um estado palestino - ideia defendida pelos Estados Unidos como solução de paz na região.
As palavras do primeiro-ministro israelense provocaram o primeiro contato telefônico entre ele e o presidente americano em quase um mês. No telefonema desta sexta-feira, Joe Biden reiterou que defende dois estados independentes, Israel e Palestina, convivendo de forma pacífica. Apesar da discordância entre os aliados, o porta-voz da Casa Branca afirmou que a ajuda militar a Israel vai continuar.
"Não vamos concordar em tudo. As palavras de Netanyahu não mudam a visão do presidente", declarou John Kirby, reforçando que a criação de um estado palestino é a única maneira de oferecer as garantias de segurança que israel exige.
Enquanto isso, a tensão no Oriente Médio aumenta. Os rebeldes Houthis, do Iêmen, voltaram a atacar um navio americano no mar vermelho. O grupo é um dos apoiadores do Hamas.
Mais uma vez, milhares de pessoas saíram às ruas de Saná, capital do Iêmen, para protestar contra os bombardeios em Gaza.
"Dizemos aos americanos e israelenses que Gaza não ficará cercada", afirmou um manifestante. A principal cidade do país é controlada pelos rebeldes Houthis, que continuam atacando navios no mar vermelho para pressionar israel a terminar com a ofensiva militar.
Os Estados Unidos, que tiveram mais uma embarcação comercial atingida, disseram que vão continuar a revidar as ações do grupo, que classificam como terrorista.
A ameaça dos rebeldes Houthis não interferiu no conflito em Gaza. Israel afirmou ter matado, nesta sexta-feira, integrantes do alto escalão da jihad islâmica. Um deles seria o responsável por registrar os reféns israelenses levados para o território palestino.
Os bombardeios em áreas civis também continuam. Em um prédio do sul de Gaza, em meio aos escombros, pessoas tentavam salvar a vida de um bebê.