O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, afirmou, na segunda-feira (29), que irá proibir a venda de vapes descartáveis no Reino Unido. A iniciativa, segundo o chefe de governo, acontece em meio ao aumento alarmante de jovens entre 11 e 15 anos que utilizam o aparelho no país. Em três anos, o número triplicou, atingindo 9% do grupo.
“Se você falar com qualquer pai ou professor, eles falarão sobre a tendência preocupante de aumento do uso de vapes pelos jovens. Crianças não deveriam estar usando cigarros eletrônicos. Os impactos a longo prazo da vaporização são desconhecidos e a nicotina contida neles pode ser altamente viciante”, afirmou Sunak.
Para evitar que a tendência de aumento continue, o premiê britânico disse que pretende restringir os vapes com sabores, aplicar embalagens visualmente menos apelativas e penalizar em 2,5 mil libras aqueles que venderem vapes para menores de idade. “Essas mudanças deixarão um legado duradouro protegendo a saúde de nossas crianças”, disse.
O governo britânico estuda formas de diminuir a venda de vapes e cigarros desde o ano passado, uma vez que tabagismo é a maior causa de mortes evitáveis no Reino Unido. Em outubro, Sunak afirmou que estava planejando aumentar progressivamente a idade de fumar para, eventualmente, acabar com o hábito no país.
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A ideia é similar à regra implementada pela Nova Zelândia, em 2022. A política é responsável por aumentar, ano a ano, a idade legal para fumar, fazendo com que a venda de produtos com tabaco não chegue aos nascidos a partir de 1 de janeiro de 2009 - considerados a próxima geração. Daqui 50 anos, por exemplo, a idade mínima para comprar um cigarro será de 63 anos.