Governo também recebeu autorização para privatizar outras estatais, abrangendo setores como água e saneamento, transporte de cargas, ferrovias, gestão de aeroportos e produção de gás natural.

O governo argentino, sob a liderança de Javier Milei, deu início ao processo de privatização da Corredores Viales S.A., que administra aproximadamente 6.000 quilômetros de rodovias no país. A administração atual considera a empresa como deficitária, apontando que 45% das estradas sob sua supervisão estão em condições inadequadas. O modelo de privatização adotado será baseado em concessões, onde o concessionário terá a responsabilidade de realizar as obras necessárias para a cobrança de pedágios. “Não é papel do Estado a gestão das rodovias”, diz um comunicado oficial. A aprovação da privatização da Corredores Viales foi confirmada pelo Congresso argentino, que sancionou a Lei de Bases proposta por Milei. Além dessa empresa, o governo também recebeu autorização para privatizar outras estatais, abrangendo setores como água e saneamento, transporte de cargas, ferrovias, gestão de aeroportos e produção de gás natural.

Milei tem como objetivo a redução do tamanho do Estado, promovendo uma maior participação do setor privado na gestão da infraestrutura. Em linha com essa estratégia, o governo lançou a iniciativa “burocracia zero”, que busca eliminar regulamentações que possam dificultar o desenvolvimento econômico. A primeira privatização sob a administração de Milei ocorreu recentemente com a venda de 85% das ações da metalúrgica Impsa para a Arc Energy, em um negócio avaliado em US$ 27 milhões.

Essa movimentação faz parte de uma agenda econômica que avança em um ano marcado por eleições legislativas, com candidatos do partido de Milei ganhando destaque nas pesquisas de opinião. Em termos econômicos, a inflação mensal em janeiro foi de 2,2%, resultando em uma inflação acumulada de 25,5% desde a posse de Milei em dezembro de 2023. Embora os salários no setor formal tenham aumentado 137,7% no ano passado, superando a alta dos preços, mais de 50% da força de trabalho ainda se encontra na informalidade, o que representa um desafio significativo para a economia argentina.

Publicado por Sarah Paula

*Reportagem produzida com auxílio de IA