O governador Tarcísio de Freitas, o presidente da Espanha, Pedro Sánchez, visitaram nesta quinta-feira (7) as obras da Linha 6-Laranja de metrô. Eles estavam acompanhados do CEO da construtora espanhola Acciona, José Manuel Entrecanales, responsável pela obra.
"Particularmente no setor de infraestrutura, é impossível pensar na elaboração e desenvolvimento de grandes projetos sem lembrar das empresas espanholas. Temos hoje a Acciona conduzindo a maior obra em execução não no Brasil, mas na América Latina, com R$ 18 bilhões que vão fazer a diferença na cidade de São Paulo unindo a zona norte ao centro", afirmou Tarcísio.
O tatuzão, que abre o túnel do metrô, chegou à estação Itaberaba-Hospital Vila Penteado e avança em direção ao ponto final, Pátio Morro Grande. Com ela, já são nove estações ligadas por túneis na Linha 6-Laranja, pouco mais da metade da primeira fase de construção, que prevê 15 estações. As obras são uma parceria público-privada entre o governo do Estado de São Paulo e a concessionária Linha Universidade (Linha Uni).
Após a conclusão, o ramal metroviário, que deve transportar cerca de 630 mil passageiros por dia, será operado pela Linha Uni por 19 anos. A Linha 6-Laranja terá 15 km de extensão e ligará a Brasilândia, na zona norte, à estação São Joaquim, na região central da cidade. A previsão é de que o trajeto seja feito em 23 minutos – contra cerca de 1h30 de ônibus.
Na quarta-feira (6), Sánchez esteve com o presidente Lula e o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, no Palácio do Planalto. Na pauta, além do acordo comercial entre Mercosul e Europa, estão investimentos espanhóis no Brasil.
Foram assinados uma série de atos de cooperação entre setores dos dois países. A Espanha, de acordo com dados do Ministério das Relações Exteriores, é o segundo maior investidor no Brasil. Mais de mil empresas espanholas estão presentes no mercado brasileiro e o estoque total de investimentos do país europeu no Brasil é estimado em US$ 59 bilhões, com fluxo anual de cerca de US$ 3,3 bilhões nos últimos anos.
“O Brasil é um destino muito atrativo para as empresas espanholas, especialmente as que tratam de transição energética e também mitigação e enfrentamento às mudanças climáticas”, disse Sánchez após encontro em Brasília.